O Sistema Único de Saúde (SUS): Conheça mais sobre o programa público de saúde

Muitas vezes falamos e escutamos as pessoas falarem: "O SUS não funciona, devemos ter um plano de saúde privado" ou "é uma vergonha este sistema de saúde pública brasileiro", e entre muitas outras coisas.

Bem, será que tudo isto é verdade?

Partindo do pensamento de que "a saúde é um direito do cidadão e um dever do estado", iremos entender um pouco sobre a estrutura deste sistema e descobrir que em muitas vezes o SUS é eficiente!
O SUS funciona de forma hierarquizada, ou seja, temos níveis de atenção à saúde que funcionam de forma interligada de acordo com a necessidade e o tipo de atendimento que o paciente precisa.

1. Nível Primário: Posto de Saúde e Centro de Saúde.
2. Nível Secundário: Ambulatório Geral, Unidade Mista, Hospital Local e Hospital Regional.
3. Nível Terciário: Ambulatório de Especialidades, Hospital de Base (hospital de especialidades) e Hospital Especializado.

Não se assuste caso você nunca se deparou ou nunca ouviu falar disto! Isso já seria uma prova de que pouco conhecemos sobre nosso sistema de saúde, já que na maioria das vezes, muitas pessoas nunca precisaram dele.

Os estabelecimentos de nível primário, de modo geral, são destinados a prestar assistência médico-sanitária a uma população determinada. Nestes, o PSF (programa saúde família) atua e usa estes lugares como base para atingir esta população com estratégias de visitas as famílias desta comunidade, cadastrando-as e conhecendo as demandas para tratamento e cuidado, assim como visar a prevenção de possíveis riscos a diversas doenças. Na atenção primária, pode-se encontrar médicos generalistas e atendimentos odontológicos, assim como vacinação. Dependendo das peculiaridades locais, pode-se encontrar leitos de observação.

A atenção secundária, caracteriza-se por desenvolver , além das atividades do nível primário, atividades assistenciais nas 4 especialidades básicas (com especialistas) - clínicas médica, gineco-obstétrica, pediátrica e cirúrgica - e, ainda, especialidades estratégicas, nas modalidades de atenção ambulatorial, internação, urgência e reabilitação.

Já o nível terciário, caracteriza-se pela maior capacidade resolutiva dos casos mais complexos do sistema, nas modalidades de atenção ambulatorial, internação e de urgência.

Agora que entendemos um pouco melhor do SUS, podemos chegar a conclusões de que o sistema realmente possui muitas falhas, mas muitas delas devido a falta de informação da própria população! Por exemplo, uma pessoa que está sentindo uma dor eventual, sem complicações, poderá ir ao centro de saúde que receberá o atendimento com menos demora. Porém, esta pessoa na maioria das vezes irá em estabelecimentos de atenção secundária ou até mesmo terciária, fazendo com que isso gere lotação dos hospitais e atrapalhe as pessoas que realmente necessitam de um atendimento mais complexo. Claro que isto não é um fator predominante, mas colabora para este cenário.
Não podemos esquecer também de falar, que o enfermeiro está inserido em todos estes cenários de atenção à saúde, e possui uma grande importância no cuidado, na gerência, e ainda mais na conscientização da PREVENÇÃO as doenças que muitas vezes podem ser evitadas.